quarta-feira, 31 de agosto de 2011

This shit compares to you

Sinead O'Connor diz-se "desesperada por sexo".



I wonder why.

Memória

Em qualquer discussão sobre bola, nomeadamente sobre "qual o melhor defesa central que já vi jogar", há sempre nomes que vêm à baila.
Os benfiquistas que não se lembram do Humberto Coelho falam sempre do Gamarra, um jogador que passou escassos meses em Portugal mas que deslumbrou enquanto o fez, num plantel de merda. Os sportinguistas falam de grandes jogadores como Marco Aurélio ou Luisinho, ou do André Cruz, que eu considero um pouco abaixo do nível dos anteriores. No Porto, Jorge Andrade e Ricardo Carvalho foram muito grandes. A nível internacional, há nomes incontornáveis como Baresi, Hierro ou Canavaro.
Mas para mim, quando penso num central, penso neste senhor.
Ricardo Gomes.
Tive o prazer de o ver jogar ao vivo muitas vezes, e tive a fortuna de o ver representar o meu clube, enquanto capitão.
Um jogador de classe pura, numa posição em que isso não é frequente. Cabeça levantada, capacidade de passe, remate de longe, grande jogo de cabeça a defender e a atacar. E, sobretudo, a forma calma como se impunha, sendo respeitado por todos, dentro e fora de campo.
Ainda não tem 50 anos, e corre perigo de vida. E, enquanto benfiquista, quero juntar-me aos muitos benfiquistas que não o esquecem. Que não esquecem os nossos, como nunca esquecerão Robert Enke, Miklos Fehér, Vítor Baptista, José Torres ou Pedro Mantorras (este felizmente vivo, apesar de também perseguido pelo infortúnio). Porque ser sócio e adepto de um clube, sobretudo de um clube centenário, enorme e popular como o Benfica, é ter memória. E gratidão.

É por isso que te digo, Capitão: Obrigado e Boa Sorte.

Easy

Como num passe de mágica, surge o título da notícia : "Governo cria mais 20 mil lugares nas creches".

Acontece que esta fabulosa medida foi conseguida com uma simples decisão: aumentar o número de crianças por sala.

Eu sei bem o gigantesco problema que é a falta de creches. E o impacto que isto tem na vida dos pais. Mas resolver um problema assim não é maneira.

É como se, para resolver o problema da lista de espera nos hospitais, se proibisse as pessoas de adoecer.

O que eu gostava mesmo...

Eu queria ter uma opinião sobre a história dos passes sociais para os pobrezinhos.
A sério.
E então fui à procura. Vi umas notícias, li uns jornais, ouvi um senhor governante a falar.
E fiquei na mesma.
Minto, fiquei mais confuso.
Portanto a coisa é mais ou menos assim:
- ninguém no agregado familiar pode ganhar mais de 540 euros, ou coisa assim
- o passe pretendido tem de ser para utilizar em Lisboa ou no Porto
- em Lisboa o desconto é maior do que no Porto
- fora de Lisboa ou do Porto, não há desconto para ninguém, o que quer dizer que fora desses dois centros urbanos não há pobres ou carenciados
- para ter acesso é preciso apresentar um papel do irs, autenticado pelas Finanças
- só há desconto para alguns passes. Por exemplo, se for só para andar de comboio, ou só de metro, não há, porque os pobres andam nos transportes todos, os outros que só andam num só querem é passear

Junta-se isto ao facto de: a) no Porto já se vendem os novos passes para os desgraçados, mas em Lisboa não; b) no Porto houve uma invasão de pessoas (eles agora chamam os utentes de clientes, porque é mais fashion) mas nenhuma alminha se lembrou de meter lá mais pessoal a atender; c) tanto em Lisboa como no Porto as respostas dos funcionários foram claramente insuficientes.

E ao ouvir a TSF, ouvi falar uma senhora que era directora ou presidente ou coisa assim de uma entidade dedicada à "Gestão do Tarifário do Andante", que é o eléctrico rápido do Porto.
Querem poupar? Que tal começar por extinguir uma entidade dedicada à "Gestão do Tarifário do Andante"? Isso não poderá ser feito, digo eu, por quem gere o próprio do Andante?

Eu queri ter uma opinião sobre os passes. A sério, queria mesmo.

sábado, 27 de agosto de 2011

Boa Nova

Eu gosto muito do Tom Waits. Já gostei mais, é certo, num altura em que era para mim mais importante um tipo ser original do que ser realmente bom. A verdade é que este gajo. sei-o hoje, é bom e original. Ando a ler uma óptima biografia de Waits, da autoria de Barney Hoskyns, que vai desde os tempos de "Closing Time" de 1973, ao "Orphans", de há poucos anos. Voltei agora de uma semana de férias durante a qual dei um bom avanço no livro, e ao chegar a casa tive que ir revisitar os discos do velho Waits. Os meus preferidos surgem nos anos 80, "One from the heart", "Swrodfishtrombones" e "Frank's Wild Years", mas provavelmente o disco mais conseguido, e que adoro, é o "Mule Variations". Adiante. O mais importante é que Waits se prepara para lançar o primeiro disco de originais em sete ano, chamado "Bad as me". Depois de ter havido uma "fuga" na internet sobre o conteúdo de uma música, Waits fez este vídeo sobre o assunto, mostrando como gostaria de mostrar as suas novas músicas, a sua "surpresa" para todos nós.
Um grande senhor, de volta em forma.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Horóscopo...


Câncer é um signo lixado!

domingo, 14 de agosto de 2011

Nem sempre o senhor marcava penaltis tão facilmente

No longínquo ano de 2010, o critério deste senhor era...digamos...ligeiramente diferente.


Onde é que eu já vi isto?


Pois.

Clueless

Não sei há quanto tempo este Governo está em funções, mas já cansa. A única coisa que os tem safo, na minha opinião, é que o anterior foi tão mau, tão mentiroso, tão criminoso e tão hipócrita que a malta ainda consegue olhar para este e pensar que é melhor.
E é, mas não porque seja bom.
É mau, mas ao pé do anterior eu e uns amigos da bola fazíamos melhor.

O grande problema é a evidente falta de rumo num Governo que prometia exactamente isso: um rumo. Um caminho, que eventualmente haveria de dar numa saída.

O recente caso da TSU e da subida do IVA na energia é paradigmático.
Já estamos na merda, mas o Governo parece insistir num caminho de acabar completamente connosco.
Corta-se a TSU, ou seja, faz-se com que as empresas gastem menos com os seus trabalhadores, à custa do Estado (todos nós). Para compensar esta perda de receita, há que ir buscá-la a qualquer lado. Adivinhem onde? Exacto, ao sítio do costume, aos nossos bolsos, através da subida do IVA.
Isto traz vários problemas. Reduz o nosso rendimento já diminuto; só permite aos patrões tugas comprarem uns carros mais potentes; e as próprias empresas vão vender menos, porque os seus produtos ficam mais caros, devido ao IVA.
Inicialmente, a ideia era reduzir a TSU só para empresas exportadoras, mas agora é para todas. É indiferente, é uma má ideia de qualquer forma. Só 2,5% das nossas empresas exportam. O que quer dizer que as restantes 97,5% vendem cá para dentro. Vendem aos tugas, que já não têm dinheiro para os produtos como estão, muito menos com mais IVA.
E agora, enquanto se diz que é preciso dinamizar as empresas, aumenta-se o seu custo mais relevante, a energia, de onde vem toda a produção.

É por isto que digo que não há rumo. Medidas contraditórias, inconsequentes, mas sempre com o mesmo tipo com os tomates no torno: o Zé Povinho.

Esgoto

Na sexta-feira, todos os jornais traziam uma informação comum: que o Governo, depois de um Conselho de Ministros de 10 horas, ia anunciar medidas de corte da despesa. O DN foi o mais "azarado" de todos, porque espetou a informação em manchete.
Acontece que toda a gente tinha.
E acontece que não foi nada disso que aconteceu, mas o contrário. Toma lá mais impostos, ou seja, "Paga, Zé!", outra vez.
E depois?
Depois nada.
Isto não caiu do céu. Isto foi dito, "passado" aos jornais, obviamente, por alguém do Governo.
Não é fundamental, excepto para os jornalistas, a questão de os jornais e os jornalistas terem sido enganados.
O que é fundamental, e muito grave, é todos os jornais terem enganado os seus leitores. Num sector já afundado no descrédito, é este tipo de coisas que cava o buraco mais fundo.
Diz o código deontológico do jornalista que há apenas um caso em que o jornalista deve revelar as suas fontes: quando estas o enganam e, indirectamente, enganam os leitores.
Já passaram dois dias e ainda não vi um único jornal revelar quem, no Governo, lhe deu a informação que se verificou ser completamente falsa...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Disparates vários

O Homem-Esplanada diz:
atão foram à boca do pedro proença?
MUAAAAAAAAAAAAHAHAHAHHAHAHAHHAHA
Kowalski diz:
pois, mas ainda na percebi
diz que era um nosso adepto
O Homem-Esplanada diz:
é o q dizem os pasquins
Kowalski diz:
é para ver se ganham medo, os cabrões
acho que lhe partiram os dentinhos
até engoliu o apito
agora quando se peida assinala penaltis

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Curta mensagem para os fãs de The National

Ide mamar num ganda nabo.
Com veias.

Inconfessável

Nunca pensei dizer isto...mas até agora simpatizo com o treinador dos tripeiros.

Mandem-me abater, eu sei.

domingo, 7 de agosto de 2011

Lógica

Normalmente, uma empresa ou entidade faz publicidade para combater a concorrência de outras empresas/entidades e para atrair mais clientes.
A Santa Casa da Misericórdia, depois de por vários anos ter patrocinado o Lisboa/Dakar, este ano patrocina um palco do Festival Sudoeste.
Com o nosso dinheiro, que por acaso devia ir para os mais carenciados.
Qual é o objectivo? Impedir os desgraçadinhos de irem pedir assistência à concorrência? Atrair mais desgraçadinhos para os seus serviços?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Naisse

Isto deu-me tanto gozo como uma Taça da Liga.


Nomenklatura

A partir de agora, quando eu escrever "aquele madeirense mongolóide" já não me estou a referir a Alberto João Jardim, mas sim a este indivíduo.
Que por acaso também é Jardim.

O lado errado da Globalização

Leio e vejo as notícias e é-me difícil acreditar.
Enquanto andamos aqui a brincar às troikas, aos BPN's e ao "resgate" à banca, 12 milhões de pessoas estão em risco de morrer à fome na Somália. Pura e simplesmente morrer por não ter nada para morrer. O efeito conjugado da seca extrema com conflitos armados de limpeza étnica, criou uma nova vaga gigantesca de refugiados. A maioria deles tem, para sobreviver, de atravessar um deserto, a pé, até ao campo mais próximo. Que, foda-se, não é nada próximo.
Pais vêem os próprios filhos perder a vida, e têm, muitas vezes, de escolher quais levar e quais deixar para trás. Os que não são fortes o suficiente para aguentar a marcha, ficam onde estão.
Cada tragédia desta é uma tragédia para a Humanidade. Todas juntas são de uma monstruosidade com um peso do tamanho do mundo.
Sim, eu sei, é lá no caralho mais velho. Mas, neste mundo globalizado, isso já não é desculpa. A globalização não pode ser apenas num sentido, de vender produtos e fazer dinheiro em todo o mundo. Não pode ser. Se estamos na aldeia global para o que nos convém, não podemos, pura e simplesmente ficar indiferentes.
Nós, agora, sabemos. Mal merece dois minutos de noticiário, mas sabemos.
Acredito que muita daquela gente, no meio do seu desespero, se interrogue se os ricos do mundo sabem. E que se perguntem: "se sabem, como podem não fazer nada"?

Peço desculpa por "cortar aqui o barato" no Vodka, sobretudo depois das "partes fodengas" (bravo!) do camarada Papousse, que prometem reduzir à irrelevância tudo o resto.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Informação Essencial

Pela primeira vez, rapei-me nas partes fodengas (geografia na qual se instalou uma vigorosa comichão do caralho).

Life Is a Beach

Está a ser noticiado que o BIC vai depositar caução de 10 milhões.
Apesar de caro, não me parece que um caução vá ajudar um país que já está de tanga.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mira, viene ahí lluvia

O Mira Amaral devia verificar o seu boletim de saúde.
Tanto perdigoto e aquela espuminha no canto da boca faz-me desconfiar que se esqueceu do reforço à vacina contra a raiva.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

The Fat of the Land

Estamos efectivamente em recessão.
Ainda ontem a Júlia Pinheiro, no Peso Pesado, fazia alusão ao fim das vacas gordas.